Estudo Bíblico de Gênesis

Aqui está uma visão geral:

  • Introdução ao Panorama Bíblico do Antigo Testamento
    • Propósitos dos Livros do Antigo Testamento
  • Contexto Histórico e Cultural do Livro de Gênesis
    • Ambiente Geográfico
    • Contexto Histórico
    • Influências Culturais
    • Elementos Sociais
    • Questões Teológicas
    • Tradição Oral
    • Importância Arqueológica
  • A Criação e os Primeiros Humanos
  • O Pecado e suas Consequências no Éden
  • A Linhagem de Adão até Noé
    • Descendentes de Adão
    • Características da Linhagem
    • Relevância Histórica
  • O Dilúvio: Castigo e Renascimento da Humanidade
    • A Corrupção da Humanidade
    • A Escolha de Noé
    • A Construção da Arca
    • O Reinado das Águas
    • O Pacto com Noé
  • Os Patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó
  • As Promessas de Deus e o Povo de Israel
    • A Promessa da Terra
    • A Promessa de Descendência Numerosa
    • A Promessa de uma Aliança
    • A Promessa de Benção às Nações
    • A Sucessão da Promessa
    • A Importância das Promessas
  • José e sua Jornada de Escravidão à Liderança
    • Interpretação dos Sonhos
    • Ascensão ao Poder
    • Reencontro com a Família
    • Lições de Perseverança e Fé
  • A Importância Teológica do Livro de Gênesis
  • Conclusão: Reflexões e Aplicações Práticas
    • Reflexões Teológicas:
    • Aplicações Práticas:
    • Pontos de Ação Específicos:

Introdução ao Panorama Bíblico do Antigo Testamento

O Antigo Testamento é uma parte essencial das Escrituras Sagradas, contendo a história, a lei, a poesia e a profecia que fundamentam a fé judaico-cristã. Para entender melhor seu contexto e conteúdo, é crucial passar por uma introdução panorâmica que ilumine seu significado e estrutura.

O Antigo Testamento está composto por 39 livros, escritos por vários autores ao longo de muitos séculos. Estes livros podem ser agrupados em distintas categorias:

  1. Livros da Lei (Pentateuco ou Torá):
    • Gênesis
    • Êxodo
    • Levítico
    • Números
    • Deuteronômio
  2. Livros Históricos:
    • Josué
    • Juízes
    • Rute
    • 1 Samuel
    • 2 Samuel
    • 1 Reis
    • 2 Reis
    • 1 Crônicas
    • 2 Crônicas
    • Esdras
    • Neemias
    • Ester
  3. Livros Poéticos ou de Sabedoria:
    • Salmos
    • Provérbios
    • Eclesiastes
    • Cânticos de Salomão
  4. Profetas Maiores:
    • Isaías
    • Jeremias
    • Lamentações
    • Ezequiel
    • Daniel
  5. Profetas Menores:
    • Oséias
    • Joel
    • Amós
    • Obadias
    • Jonas
    • Miquéias
    • Naum
    • Habacuque
    • Sofonias
    • Ageu
    • Zacarias
    • Malaquias

Cada categoria desempenha um papel distinto na revelação divina e na formação da história e teologia da nação de Israel.

Propósitos dos Livros do Antigo Testamento

  • Leis e Instruções: Regulam a vida religiosa e social, apresentando os mandamentos de Deus.
  • História: Relatam os eventos fundamentais da criação, o pacto com os patriarcas, a história de Israel e seu relacionamento com Deus.
  • Poesia e Sabedoria: Oferecem reflexões teológicas e filosóficas sobre a vida, incluindo louvor e adoração a Deus.
  • Profecia: Anunciam as mensagens de Deus para o povo de Israel, incluindo promessas de redenção e avisos de julgamento.

Compreender o panorama bíblico do Antigo Testamento é essencial para qualquer estudo aprofundado das Escrituras, fornecendo um alicerce sólido para a fé e prática religiosa.

Contexto Histórico e Cultural do Livro de Gênesis

O Livro de Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, foi escrito num contexto histórico e cultural complexo. Para compreendê-lo plenamente, é necessário considerar vários aspectos que moldaram sua narrativa e mensagem.

Ambiente Geográfico

  • Mesopotâmia: Região entre os rios Tigre e Eufrates, onde civilizações como a suméria e a babilônica floresceram.
  • Egito: País ao norte da África, conhecido por seu rio Nilo e sua riqueza cultural.
  • Canaã: Região onde hoje se encontra Israel, Palestina e partes da Jordânia e Síria.

Contexto Histórico

  • Período Patriarcal: A era dos patriarcas como Abraão, Isaque e Jacó, aproximadamente entre 2000 e 1500 a.C.
  • Formação das Tribos de Israel: As doze tribos descendentes dos filhos de Jacó, formando a base da nação israelita.

Influências Culturais

  • Religiões Antigas: Politeísmo predominante nas culturas circundantes, contrastado com o monoteísmo emergente hebreu.
  • Literatura Antiga: Mitologias e épicos como “A Epopeia de Gilgamesh” que inflenciam, de certa forma, a narrativa do Gênesis.

Elementos Sociais

  • Organização Social: Clãs e famílias como unidades básicas, patriarcalismo predominante.
  • Economia: Agricultura e pastoreio como principais fontes de subsistência.

Questões Teológicas

  • Monoteísmo: A introdução da adoração a um único Deus, Yahweh, em oposição às divindades locais.
  • Alianças Divinas: O conceito de pacto entre Deus e os humanos, central nas histórias de Noé, Abraão, e outros personagens bíblicos.

Tradição Oral

  • Transmissão Verbal: Antes de ser escrito, o conteúdo provavelmente foi transmitido de geração em geração oralmente.
  • Compilação: A redação do Gênesis é resultado da compilação de várias tradições e documentos, como a tradição Javista e a Sacerdotal.

Importância Arqueológica

  • Descobertas Modernas: Inscrições e artefatos que ajudam a contextualizar e confirmar eventos descritos no Gênesis.

Entender o contexto histórico e cultural do Livro de Gênesis é essencial para um estudo profundo e acurado. Ele oferece uma visão rica e multifacetada do início das narrativas bíblicas e da formação inicial do povo hebreu.

A Criação e os Primeiros Humanos

No início, a Bíblia descreve a criação do universo e da Terra por Deus. Em seis dias, Deus estabeleceu os elementos fundamentais do mundo, culminando na criação do ser humano. Cada dia de criação trouxe elementos específicos à existência:

  1. Primeiro Dia: Deus criou a luz, separando-a das trevas, e chamando a luz de “dia” e as trevas de “noite”.
  2. Segundo Dia: Ele fez o firmamento para separar as águas, criando o céu.
  3. Terceiro Dia: Deus reuniu as águas debaixo do céu em um lugar, fazendo aparecer a terra seca, que Ele chamou de “terra”, e as águas reunidas, de “mares”. Além disso, fez brotar vegetação na terra.
  4. Quarto Dia: Criou o sol, a lua e as estrelas para governarem o dia e a noite e servirem como sinais para estações, dias e anos.
  5. Quinto Dia: Criou as criaturas do mar e as aves, ordenando que fossem frutíferas e se multiplicassem.
  6. Sexto Dia: Deus criou os animais terrestres e, finalmente, o ser humano, à sua imagem e semelhança, instruindo-o a dominar a Terra e suas criaturas.

Adão, o primeiro homem, foi criado do pó da terra e recebeu o fôlego de vida de Deus. Eva, a primeira mulher, foi criada a partir de uma costela de Adão, para ser sua companheira. Juntos, foram colocados no Jardim do Éden, um paraíso com toda provisão necessária para uma vida plena.

Deus deu a Adão e Eva instruções claras: poderiam comer de todas as árvores do jardim, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal. A desobediência a esta ordem resultaria em morte. Essa orientação fundamental moldou a base do relacionamento deles com Deus.

A narrativa sobre a criação e os primeiros humanos não apenas aborda a origem da vida, mas também estabelece as primeiras diretrizes morais e espirituais que orientariam a humanidade.

O Pecado e suas Consequências no Éden

Após a criação do homem e da mulher, Adão e Eva, Deus colocou-os no Jardim do Éden com a instrução clara de não comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. No entanto, a serpente, mais astuta que todos os animais, persuadiu Eva a comer desse fruto. Eva cedeu à tentação e, vendo que o fruto era agradável aos olhos e desejável para se obter sabedoria, comeu e ofereceu a Adão, que também comeu.

As consequências desse ato de desobediência foram imediatas e devastadoras:

  1. Consciência do Pecado:
    • Eles se deram conta de sua nudez, sentiram vergonha e tentaram se cobrir com folhas de figueira.
  2. Rompimento da Comunhão com Deus:
    • Deus passeava pelo jardim na viração do dia e chamou por Adão. Ambos se esconderam ao ouvir a voz do Senhor, evidenciando o rompimento da comunhão.
  3. Maldições e Juízos:
    • Deus proferiu maldições específicas como consequência do pecado:
      • Serpente: Foi amaldiçoada entre todos os animais. Haveria inimizade entre ela e a mulher, e sua descendência.
      • Mulher: Sofreria dores intensas no parto e seu desejo seria para seu marido, que a dominaria.
      • Homem: A terra foi amaldiçoada por causa dele. Ele teria que trabalhar arduamente e a terra produziria espinhos e ervas daninhas. Também foi estabelecido que ele retornaria ao pó após a morte.
  4. Expulsão do Éden:
    • Para impedir que eles comessem da árvore da vida e vivessem eternamente em pecado, Deus os expulsou do Jardim do Éden e colocou querubins e uma espada flamejante para guardarem o caminho para a árvore da vida.

Este episódio crucial demonstra não apenas o início do pecado na humanidade, mas também realça a necessidade de redenção. O rompimento da comunhão com Deus e as maldições proferidas foram consequências profundas e duradouras que até hoje afetam a humanidade.

A Linhagem de Adão até Noé

A linhagem de Adão até Noé é descrita no livro de Gênesis, detalhando a genealogia desde o primeiro homem criado por Deus até o patriarca Noé. Esta linhagem é fundamental para compreender a progressão da humanidade e as promessas de Deus ao longo das gerações.

Descendentes de Adão

  1. Adão – Criado por Deus a Sua imagem.
  2. Sete – Nasceu depois da morte de Abel.
  3. Enos – Filho de Sete, sua menção marca a era em que os homens começaram a invocar o nome do Senhor.
  4. Cainã – Filho de Enos.
  5. Mahalalel – Filho de Cainã.
  6. Jarede – Filho de Mahalalel.
  7. Enoque – Conhecido por viver 365 anos e caminhar com Deus; foi arrebatado por Deus.
  8. Matusalém – Filho de Enoque, viveu 969 anos, tornando-se o homem mais longevo registrado na Bíblia.
  9. Lameque – Filho de Matusalém, conhecido por sua declaração profética sobre seu filho Noé.
  10. Noé – Filho de Lameque, destacando-se por sua retidão e obediência a Deus, recebendo a missão de construir a arca.

Características da Linhagem

  • Longevidade: A maioria dos patriarcas desta linhagem viveu vários séculos, refletindo uma era pré-diluviana com maior expectativa de vida.
  • Fidelidade a Deus: Muitos destes descendentes são destacados por sua devoção e proximidade com Deus.

Enoque andou com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou. (Gênesis 5:24)

Relevância Histórica

A compreensão desta genealogia é crucial dentro do contexto bíblico. Ela não só liga Adão a Noé, mas também estabelece a continuidade do plano de Deus para a humanidade, conforme Ele se revela e trabalha através das gerações subsequentes. Noé, encontrando graça aos olhos do Senhor, será o protagonista do próximo capítulo crucial na história da humanidade: o dilúvio. Esta linhagem de seguidores de Deus pavimenta o caminho para o cumprimento de Suas promessas de redenção e restauração.

O Dilúvio: Castigo e Renascimento da Humanidade

A narrativa do Dilúvio em Gênesis apresenta um evento catastrófico, onde Deus decide purificar a Terra da corrupção e da maldade humana. A decisão divina de enviar o Dilúvio é uma resposta à crescente iniquidade da humanidade, refletindo a pena pela desobediência e pelos pecados generalizados.

A Corrupção da Humanidade

De acordo com Gênesis 6:5-6:

“Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na Terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração. Então se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na Terra, e isso lhe pesou no coração.”

A humanidade entregou-se a atos de maldade, e seus pensamentos eram perpetuamente perversos. A deterioração moral e espiritual estava em nível crítico, justificando a intervenção divina.

A Escolha de Noé

Em meio à degradação, Noé encontrou graça aos olhos do Senhor. Ele foi descrito como um homem justo e íntegro em Gênesis 6:9:

“Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus.”

Noé foi escolhido para ser o instrumento de salvação para um novo começo. Sua obediência e fé destacaram-se numa atmosfera de corrupção.

A Construção da Arca

Deus instruiu Noé a construir uma arca monumental, específica em suas medidas e detalhes. A arca serviu de meio para preservar a vida:

  • Dimensões: 300 côvados de comprimento, 50 de largura, e 30 de altura.
  • Materiais: Madeira de cipreste e betume para impermeabilização.
  • Folga: Três andares e uma janela no topo.

As instruções meticulosas refletiam a importância e o propósito transcendente do projeto.

O Reinado das Águas

Os eventos do Dilúvio envolveram uma chuva incessante por 40 dias e noites, cobrindo toda a terra, incluindo montes, com águas avassaladoras. A destruição foi completa:

  • Fauna e flora: Todas as criaturas e vegetação foram aniquiladas, exceto aquelas na arca.
  • Duração: As águas prevaleceram por 150 dias antes de começarem a recuar.

O Pacto com Noé

Após as águas baixarem, Noé e sua família saíram da arca junto com os animais preservados. Deus estabeleceu um pacto com Noé, simbolizado pelo arco-íris:

“O arco será visto nas nuvens; e eu me lembrarei da minha aliança … e nunca mais as águas se tornarão um dilúvio para destruir toda a carne.” (Gênesis 9:14-15)

Este pacto sinaliza uma nova era para a humanidade, prometendo não repetir a devastadora catástrofe.

Os Patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó

Os patriarcas desempenham um papel crucial na narrativa do Antigo Testamento em Gênesis.

  1. Abraão:
    • Chamado inicialmente de Abrão, ele é considerado o pai da fé. Deus fez uma aliança com ele, prometendo-lhe uma terra e uma descendência numerosa.
    • A prova de fé de Abraão foi marcada pelo episódio em que quase sacrificou seu filho Isaque em obediência a Deus.
    • Ele é uma figura central, cujas ações e decisões têm repercussões para as gerações seguintes.
  2. Isaque:
    • Filho de Abraão com Sara, Isaque é um dos elo entre Abraão e Jacó. Seu nome significa “riso”, refletindo a alegria de Sara ao dar à luz na velhice.
    • Isaque casou-se com Rebeca e teve dois filhos, Esaú e Jacó.
    • Ele representa a continuidade da aliança de Deus com Abraão, e sua história é uma narrativa de fidelidade e repetição das promessas divinas.
  3. Jacó:
    • Inicialmente conhecido como “enganador” devido à forma como obteve a bênção de seu irmão Esaú.
    • Deus renomeou Jacó como Israel, e ele tornou-se o pai das doze tribos que formam a nação de Israel.
    • Sua vida inclui eventos significativos como o sonho da escada que alcança o céu, seu casamento com Lia e Raquel, e sua luta com um anjo.

“Alguns dos eventos mais significativos na vida de Jacó incluíram suas fugas, enganos e encontros divinos que moldaram o futuro da nação de Israel.”

Além das suas histórias individuais, Abraão, Isaque e Jacó são vistos como portadores de promessas divinas que conduzem à formação do povo escolhido por Deus. Juntos, esses patriarcas formam uma base sólida da fé hebraica e influenciam grandemente o desenvolvimento teológico e cultural das tradições judaico-cristãs.

As Promessas de Deus e o Povo de Israel

No livro de Gênesis, Deus faz várias promessas importantes ao patriarca Abraão e seus descendentes, estabelecendo a fundação do relacionamento entre Deus e o povo de Israel:

A Promessa da Terra

Deus promete dar a Abraão e à sua descendência uma terra específica. Esta terra é frequentemente referida como a Terra Prometida:

“A toda a terra que vês darei a ti e à tua descendência, para sempre” (Gênesis 13:15).

A Promessa de Descendência Numerosa

Deus assegura a Abraão que ele será o pai de uma grande nação:

“Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las… Assim será a sua descendência” (Gênesis 15:5).

A Promessa de uma Aliança

Deus estabelece uma aliança eterna com Abraão e seus descendentes:

“Estabelecerei a minha aliança entre mim e você e os seus futuros descendentes, como aliança eterna” (Gênesis 17:7).

A Promessa de Benção às Nações

Deus promete que, através de Abraão, todas as nações da terra serão abençoadas:

“Por meio da sua descendência, todos os povos da terra serão abençoados” (Gênesis 22:18).

A Sucessão da Promessa

As promessas feitas a Abraão são reafirmadas a seu filho Isaque e a seu neto Jacó, que mais tarde seria chamado de Israel:

  • A promessa à Isaque: “A sua descendência possuirá essas terras, e por meio dela todas as nações da terra serão abençoadas” (Gênesis 26:4).
  • A promessa à Jacó: “Vou dar a você e aos seus descendentes a terra onde você está deitado” (Gênesis 28:13).

A Importância das Promessas

Essas promessas moldam a identidade e missão do povo de Israel, servindo como motivo de esperança e fé ao longo de gerações. A confiança de Israel na fidelidade de Deus às suas promessas é um tema recorrente nos textos bíblicos subsequentes.

José e sua Jornada de Escravidão à Liderança

José, um dos filhos de Jacó, tinha dons de interpretação de sonhos, o que despertava ciúmes em seus irmãos. Este ciúme culminou com ele sendo vendido como escravo para mercadores ismaelitas, que o levaram ao Egito.

No Egito, José trabalhou na casa de Potifar, oficial do faraó, onde demonstrou habilidade e lealdade, sendo promovido a administrador. No entanto, a esposa de Potifar acusou falsamente José de tentar seduzi-la, resultando em sua prisão. Mesmo na prisão, Deus estava com ele, e José foi colocado como responsável pelos outros presos.

Interpretação dos Sonhos

Dois dos companheiros de cela de José, o copeiro e o padeiro do faraó, tiveram sonhos que José interpretou com precisão. Anos depois, o faraó teve sonhos perturbadores. O copeiro, lembrando-se das habilidades de José, recomendou-o ao faraó. José interpretou os sonhos do faraó como uma previsão de sete anos de fartura seguidos por sete anos de fome.

Ascensão ao Poder

Impressionado, o faraó nomeou José como governador do Egito, encarregando-o de preparar o país para a fome iminente. José, com sua sabedoria, armazenou alimentos durante os anos de abundância.

Reencontro com a Família

Quando a fome atingiu suas terras, os irmãos de José viajaram ao Egito em busca de sustento. Sem saber que José era o poderoso oficial que eles deviam enfrentar, eles procuraram ajuda. José, após interações complexas para testar seus irmãos e garantir que haviam mudado, revelou sua identidade. Ele os perdoou, e toda a família de Jacó foi convidada a se instalar no Egito.

  • Traição e Venda:
    • Seus irmãos o venderam.
    • José foi levado ao Egito.
  • Adversidade e Promoção:
    • Trabalhou como escravo na casa de Potifar.
    • Foi preso devido a falsas acusações.
  • Glorificação:
    • Interpretou sonhos na prisão.
    • Veio a interpretar os sonhos do faraó.
    • Tornou-se a segunda pessoa mais poderosa do Egito.

Lições de Perseverança e Fé

A trajetória de José demonstra como ele manteve sua fé em Deus, apesar dos desafios. Seu caráter e habilidade o levaram de uma posição de escravo à liderança, refletindo a providência divina em cada passo de sua jornada.

A Importância Teológica do Livro de Gênesis

O livro de Gênesis ocupa uma posição fundamental na teologia bíblica. Este primeiro livro da Bíblia não apenas narra a criação do mundo, mas lança os alicerces para várias doutrinas centrais na fé judaico-cristã.

Criação e Natureza de Deus: Em Gênesis, Deus é apresentado como o Criador do universo, enfatizando Sua onipotência e soberania. As narrativas da criação ressaltam a ordem e a intencionalidade divina, contrastando com as mitologias caóticas de outros povos antigos.

Pecado e Redenção: A queda do homem, registrada em Gênesis 3, introduz o conceito de pecado no mundo. A desobediência de Adão e Eva resulta na separação entre Deus e a humanidade. Esta passagem estabelece a necessidade de redenção, um tema que permeia toda a Bíblia.

Aliança: Gênesis contém várias alianças divinas, começando com Noé e culminando com Abraão. A aliança com Abraão é especialmente significativa, pois estabelece os principais pontos do relacionamento entre Deus e Seu povo, incluindo as promessas de bênçãos, descendência e terra.

Povo Escolhido: O conceito de um povo escolhido por Deus se desenvolve em Gênesis. A eleição de Abraão e seus descendentes como portadores da promessa divina tem implicações teológicas profundas, influenciando a identidade e missão de Israel.

Providência Divina: Gênesis ilustra a provisão e cuidado de Deus sobre Sua criação e Seus escolhidos. Desde a provisão para Adão e Eva até a proteção de José no Egito, o livro destaca a soberania de Deus em eventos históricos.

Tipologia Cristológica: Muitas passagens de Gênesis são entendidas como tipos e sombras de Cristo. Exemplos incluem Melquisedeque, uma figura real e sacerdotal, e o sacrifício de Isaque, prefigurando o sacrifício de Jesus.

Gênesis estabelece princípios fundamentais que informam a teologia e a exegese bíblicas subsequentes. Este livro é essencial para a compreensão completa da narrativa redentora que se desdobra em toda a Escritura. Suas histórias impactam profundamente a antropologia, soteriologia e a missão da igreja.

Conclusão: Reflexões e Aplicações Práticas

Ao explorar o livro de Gênesis, destacamos vários pontos essenciais que têm tanto significados teológicos quanto aplicações práticas para a vida cotidiana. Primeiro, Gênesis serve como o fundamento da teologia bíblica, ilustrando a criação, a queda e a promessa da redenção.

Reflexões Teológicas:

  1. Criação: A narrativa inicial de Gênesis afirma a soberania de Deus como Criador e a bondade da criação. Isso inspira um senso de reverência e responsabilidade para com a criação.
  2. Queda: A história de Adão e Eva mostra a seriedade do pecado e suas consequências abrangentes, ressaltando a necessidade de redenção.
  3. Aliança: As promessas feitas a Abraão estabelecem um padrão para a compreensão do relacionamento de Deus com a humanidade, evidenciando a fidelidade divina.

Aplicações Práticas:

  1. Cuidado com o Meio Ambiente: A responsabilidade do homem como guardião da criação incentiva práticas sustentáveis e respeito pelo meio ambiente.
  2. Ética e Moral: As narrativas éticas de personagens como José e Jacó fornecem exemplos de conduta moral e perseverança diante de dificuldades.
  3. Fé e Confiança: A jornada de fé de Abraão encoraja os crentes a confiar nas promessas de Deus, mesmo em situações incertas.

“A história de José, por exemplo, é um lembrete poderoso de que os planos de Deus frequentemente transcendem o entendimento humano e que Ele pode transformar circunstâncias adversas em bênçãos.”

Além disso, Gênesis contém lições valiosas sobre relacionamentos familiares. A dinâmica entre pais e filhos, irmãos e comunidades ilustram desafios e resoluções que ainda são pertinentes hoje.

Pontos de Ação Específicos:

  • Educação Cristã: Incentivar o estudo dos relatos de Gênesis nas escolas dominicais para fundamentar a fé desde cedo.
  • Serviços Comunitários: Planejar projetos de serviço comunitário que reflitam os princípios de mordomia e compaixão encontrados em Gênesis.
  • Culto e Adoração: Incorporar sermões e estudos bíblicos sobre a vida dos patriarcas para fomentar um entendimento mais profundo das Escrituras.
Picture of Pr. Marcelo Desiderio

Pr. Marcelo Desiderio

Pastor Presbiteriano e Terapeuta Familiar Sistêmico

Compartilhe nas mídias socias:

Comente o que você achou:

Depressão:
A Doença da Alma

Um alívio para entender e vencer a depressão por meio da fé.

Posts mais recentes:

ÓTIMO😀!Informe Seus Dados Para Receber o Ebook no Seu E-mail

APÓS INFORMAR SEUS DADOS, VOCÊ SERÁ REDIRECIONADO

Gostaria de receber nosso devocional e atualizações pelo WhatsApp?

Claro, seus dados estão 100% seguros!